Com a nova coleção de verão que traduz a relação do Ocidente com o Oriente por meio dos séculos – abordando as descobertas, o fascínio, a dominação e a miscigenação. Com uma proposta que mistura a alfaiataria de cavalheiros do século XIX com drapeados da roupa “não-ocidental”, o que se viu nas passarelas foram justas silhuetas e muita cintura marcada, sempre com a orientação da alfaiataria, mesmo nas peças mais descompromissadas.
Sob calma e envolvente trilha sonora, o desfile da Cori iniciou com a apresentação de peças nude – o ponto alto da estação. Calças bem cortadas, recortes clássicos e o contraste das cores da roupa e das sandálias foram quase unanimidade, embora a paleta de cores demonstrasse leve evolução no decorrer das entradas das modelos. Capas, risca de giz e lapelas bem marcadas também surgiram com frequência no desfile, traduzindo o conceito da mulher clássica que sabe ousar nos detalhes. Mesmo os modelos mais tradicionais ganharam camisas estampadas, sobreposições e admiráveis decotes, assim como os vestidos de comprimentos mínimos e fendas, que foram hábeis em manter um certo ar recatado.
O destaque da apresentação da marca ficou por conta dos vestidos e macacões inspirados em paletós, que surgiram em diferentes pesos, texturas e caimentos. Os cetins, por exemplo, apareceram leves, lavados e, em outros momentos, bem estruturados. Algodões leves e resinados, jeans com tratamentos especiais (para que apresentem o rigor da alfaiataria) e cartela de cores em tons off-white, bege, nude, goiaba, verde e marinho e estamparia com paisagens urbanas e desérticas completaram a coleção Verão da Cori – própria para a mulher clássica que sabe abrir mão da absoluta formalidade. Foto: Ricardo Pacak
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